Recentemente o periódico Ecology and Society publicou um artigo interessante sobre a situação dos plantios de cafés sombreados na região do Chiapas, México. O artigo relata que com o aumento do preço dos cafés sustentáveis ao longo dos anos de 1991 a 2001, houve um aumento da conversão de áreas de florestas primárias em culturas de cafés sombredos. O que na visão dos autores é um paradoxo de sustentabilidade, pois a fisionomia de café sombreado possui menor riqueza de espécies do que as florestas primárias da região. Na minha opinião acho que este artigo ressalta a importância de questões como dinâmica do uso do solo deve ser levada em consideração nos critérios de certificação ambiental. Mas esta situação mostra também que o Brasil possui um imenso potencial para café sombreados ecológicos, principalmente na Mata Atlântica de MG e SP, em cultivo consorciado com plantios de nativa em áreas de recuperação ambiental. Assim, a tendência seria outra, aumento do café sombreado e aumento