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Capital abre espaço aos chamados negócios verdes

Monitor Mercantil
(26-12-2006)

Os investidores de venture capital - ou capital de risco - estão abrindo espaço para os chamados negócios verdes. Especializados em garimpar empresas emergentes, esses investidores dizem que o ambiente de negócios está favorável a companhias com boas práticas sociais e ambientais. Empresas de reciclagem, energia limpa, produtos florestais certificados e orgânicos estão entre as preferidas do capital de risco. No Brasil, fundos como Stratus, AxialPar e Rio Bravo e a Finep, vinculada ao Ministério da Ciência e Tecnologia, já apostam suas fichas nessa tendência.Lá fora, esse mercado é forte: entre 2000 e 2004, os investimentos superaram os US$ 7 bilhões, segundo a Cleantech Venture Network, rede internacional que reúne investidores em tecnologias limpas. Até 2009, esse mercado deve movimentar mais US$ 10 bilhões. Atrair investidores para empresas inovadoras com foco em sustentabilidade é o desafio do Programa New Ventures, realizado no Brasil pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) e pela ONG norte-americana World Resources Institute (WRI). Com orçamento anual de US$ 80 mil - bancados por parceiros como ABN Amro Real, Natura e Fundação Alcoa - o programa já apresentou 33 empresas para investidores. O programa existe há três anos no Brasil, mas já atuava desde 1999 em países como México, Peru e Índia. O Brasil responde por 30% do total.

Comentários

Silvia Cléa disse…
OI, João!

Realmente boas novas! Minha única preocupação é sempre com relação à lisura dos processos de licitação, quando há, ou, enfim, de escolha dos programas em que devemos aplicar o nosso suado dinheirinho, mesmo que, indiretamente, através de recursos governamentais.
Veja bem, já ouvi reclamações sobre competência X menor preço em relação à prestação de serviços e ao tipo de programas que desenvolvem. Qdo muito díspares, fica quase inviável a comparação...
Há tb o fator "fumaça", ou seja, a empresa desenvolve um programa ecologicamente correto, porque lhe dá visibilidade e atrai um público específico, que lhe é interessante (leia-se lucrativo). Mas, no fundo, está encobrindo atividades outras que são totalmente adversas a tais práticas! (jure que não vai me pedir exemplos, ok...)
João Giovanelli disse…
Sim silvia, exemplos não faltam de empresas que mascaram problemas para conseguir as tais certificações ambientais. O que me preocupa realmente é a capitalização da problemática ambiental, os problemas têm que ser consertados na base e não remendá-los com soluções tecnológicas, que muitas vezes esquecem de conceitos ecológicos e apenas buscam o lucro.

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