Os pesquisadores de vários países criaram o International Mechanism of Scientific Expertise on Biodiversity (Imoseb), para o estabelecimento de um organismo internacional de especialistas em biodiversidade. Para os proponentes do novo organismo, a hora é de ação. Segundo eles, não se pode perder mais tempo, tendo em vista o cenário de “grande crise de biodiversidade” vivido pelo planeta. O momento também exige união entre especialistas na área em todo o mundo.
“Precisamos da diversidade de opiniões e de abordagens, mas também necessitamos de unidade por trás desse esforço coletivo, de modo a falar uma única voz globalmente ao reconhecer assuntos importantes e como eles podem ser mais bem direcionados”, disse um dos pesquisadores. “Conclamamos todos os cientistas interessados na ciência da biodiversidade para que se envolvam e busquem a participação de seus governos nesse processo de consulta”, escreveram os proponentes (fonte: agência FAPESP).
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Espero que este tipo de proposta seja a chance de países megadiversos como Brasil, também conhecido como "neotropicais", levante os verdadeiros problemas e busque as reais soluções desta crise ambiental. Uma pergunta interessante seria: que tipo de projeto conservação que o Brasil necessita? Aquele que culpa os grupos humanos pela catástrofe ambiental? Um projeto inovador cujo resultado é publicado somente em periódicos estrangeiros? Ou um projeto que se adeque a verdadeira realidade sócio-ambiental do país, com medidas que mudem de forma estrutural problemas como: falta de planejamento urbano, políticas ineficazes, conclaves corruptos, analfabetismo, desconhecimento de legislação ambiental, sub-emprego, projetos conservacionistas com o foco somente na mídia.
São muitos os problemas estruturais que os países do "neotrópico" detém juntamente com sua biodiversidade. Talvez somente com união de opiniões extremas e com um foco na realidade social do país poderemos começar a reverter a situação.
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